terça-feira, agosto 15, 2006

O caminho...

Foto em www.fotolog.com/assimcomo


Às vezes pergunto-me se este é o caminho certo a seguir, o caminho que me estava destinado. Outras vezes questiono-me se este é o caminho que quero, aquele que me faça chegar ao fim do dia e dizer: “Hoje foi um bom dia!”. Defender e acreditar que a vida vale a pena por pequenos momentos aos quais, algumas vezes, não damos a devida importância…

Há momentos em que tendo como companhia a solidão, a noite nos faz pensar em demasia na vida… e as incertezas parecem dominar-nos. Aquelas noites em que os “ses” também se fazem de convidados e ficam como companhia.

No entanto acredito, continuo a acreditar, que no fim dos devaneios de uma noite, há um dia novo à nossa espera. Um dia em que o sol brilha e nos provoca um sorriso sincero. Um sol que nos faça gritar que independentemente dos “ses” da vida amamos viver!!

Sim, eu amo viver apesar de ser visitada algumas noites por estes devaneios…mas simplesmente já não tenho medo deles.

Porque sei que o sol está prestes a aparecer…

sexta-feira, agosto 04, 2006

Amigos


Amigos

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta
necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o
amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

E eu poderia suportar, embora não sem dor, que
tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem
todos os meus amigos!

Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus
amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.

Mas, porque não os procuro com assiduidade, não
posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem
que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem
noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu
equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente,
construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.

Se todos eles morrerem, eu desabo!

Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.

E me envergonho, porque essa minha prece é, em
síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.

Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando
daquele prazer ...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a
roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando
comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus
amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber
que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os.
Vinicius de Moraes

Porque eu adoro este texto=)!Porque nesta altura sente-se mais a falta de alguns amigos...Porque tenho saudades de estarmos juntos!Porque os adoro e eles merecem!
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